sábado, 7 de maio de 2016

Orixá EXU - Mistério EXU na Umbanda



Pensar em Deus ou Olorum como um estado mental, chegara a conclusão que só entramos em contato com ele através do nosso mental e do nosso pensamento durante nossas meditações, usando outros recursos (a intuição, a imaginação, a percepção, a sensibilidade, a sensitividade, o raciocínio e a criatividade), assim só alcançamos em sintonia com ele através da mentalização.
Logo tudo estava no interior de Deus, e nada estava fora dele, e quando Olorum pensou do lado de fora teve intenções criadoras-geradoras, assim seu primeiro estado para criação foi o vazio absoluto, alterando o nada que existia em seu exterior.
O vazio absoluto é um estado e difere do nada, por que na criação em Olorum nada existia fora dele, inclusive o vazio absoluto, que abrigou a primeira intenção concreta, onde caberia todos os estados de sua criação exterior, um Orixá responsável pelo primeiro estado de criação, pronto para receber e acomodar os estados posteriores da criação.
Assim do nada surgiu o primeiro estado concreto da criação, o vazio absoluto, então Olorum pensou o segundo estado da sua criação exterior. O nada e o espaço são os dois extremos da criação, ambos estão permeados pelo vazio absoluto. O espaço infinito está apto a receber dentro de si tudo criado por Olorum, inclusive outros estados posteriores. O nada e o tudo são os opostos, ambos separados pelo vazio absoluto, senão eles se anulariam.
Um Orixá que regeria o plano das intenções, recebeu o nome de Exu Mirim, o Orixá que rege sobre o nada. O Orixá Exu é a divindade de Olorum que rege o vazio, e sempre que alguém vibra o sentimento de vazio está nos domínios dele.
O pensamento de Olorum gerou de si uma matriz geradora, do primeiro estado da criação, que era o vazio absoluto, o único estado capaz de receber dentro de si o estado do espaço infinito, que gerou uma divindade para regê-lo, o Orixá Oxalá, que simboliza o tudo, o oposto ao nada, e traz a plenitude, oposta ao vazio de Exu, assim, Exu Mirim rege sobre as intenções; Exu rege sobre o vazio absoluto e Oxalá rege sobre o espaço infinito. Unindo o primeiro Orixá Exu, e o primeiro estado de criação o vazio absoluto, temos a fundamentação do Mistério Exu.
O mistério Exu é em si, o vazio absoluto existente no exterior de Deus e guarda-o em si, dando-lhe existência e sustentação para que, a partir desse estado, tudo o que é criado tenha seu lugar na criação. Exu o guardião do vazio absoluto, o primeiro Orixá manifestado, o mais velho de todos, o primeiro ser cultuado, por ser e trazer o vazio absoluto, tem que ser invocado e oferendado em primeiro lugar e deve ser despachado de dentro do templo e firmado no seu exterior para que um culto possa ser realizado, a presença de Exu dentro implica a ausência de todos os outros Orixás. O ato de invocar o Orixá Exu em primeiro lugar é correto, por que antes de manifestar os outros Orixás, manifestou-se e criou o vazio absoluto a sua volta. Então é preciso assenta-lo no exterior do templo, para que outro estado se estabeleça e permita que tudo aconteça. “ O vazio absoluto é a ausência de algo, de qualquer coisa; O espaço é a presença de um estado, de alguma coisa “, Deus criou o espaço dentro do vazio absoluto.
O estado espaço dentro do vazio absoluto criou uma base que ampliou as necessidades do criador, mostrando os orixás como estado de criação. Oxalá é o espaço infinito porque é capaz de conter todas as criações da mente divina do nosso divino criador. Olorum confiou a Oxalá a missão de criar os mundos e povoá-los com os seres que seriam criados, ela traz em si o poder criador.
Assim Exu e Oxalá são ligados por causa dos estados da criação. Exu é a ausência e Oxalá é a presença, são opostos complementares. A tradição nagô nos ensina que só se deve assentar Exu no lado de fora dos terreiros e se deve oferenda ló nos limites dos pontos de força da natureza.
A casa de Oxalá é o espaço e o lado de fora dela é o estado de Exu. Por isso Oxalá é descrito como o rei dos Orixás, e no seu reino estão os reinos de todos outros Orixás. Quem tem Oxalá em seu íntimo, tem todos os outros Orixás dentro de si e tem Exu vigiando o seu exterior.
Como o espaço é algo, que pode ser ocupado por alguma coisa, Exu encheu de vazios, a um ponto em que nada poderia ser criado por Oxalá, então Olorum ordenou a Oxalá que encontrasse uma solução para que a criação exterior tivesse início, Oxalá procurou Exu para uma convivência entre os dois estados, mas nada ficou acordado, até que Oxalá criou um liquido que agradou Exu e as negociações começaram, esse liquido deixava Exu mais descontraído a ponto de conceder coisas a Oxalá e assim ele foi criando e aumentando o espaço infinito e sempre agradando Exu. Todos procuram Exu porque ele pode ver de frente para trás, vendo o que nem Oxalá ainda sabia que poderia criar, por isso Exu é tão solicitado para revelar coisas que até os Orixás desconhecem, pois, os Orixás só atuam sobre o que tem existência.
Todo Orixá deve dar um presente que descontraia Exu antes de criar algo dentro do seu domínio no lado de fora de Olorum, por que Exu foi o primeiro Orixá a ser exteriorizado, dessa lei surgiu ... o hábito de sempre oferendar Exu antes de iniciarmos alguma coisa, pois assim a certeza de sucesso é quase absoluta.
Por ser a segunda intenção, Exu traz em si uma segunda intenção para cada primeira intenção de alguém. No decorrer dos anos Exu fez Oxalá ver que havia uma segunda intenção por trás de sua frase e que o seu “todos” se referia a tudo, e não só aos líquidos. Oxalá convenceu Exu que seu reino sempre seria maior, por que o espaço infinito está dentro do vazio absoluto, sendo assim, “ quanto mais coisas estáveis criamos, mais trabalhamos para Exu”, que satisfeito, menos interfere em nosso trabalho e mais se descontraí, deixando nos em paz com nosso labor.
As primeiras incorporações dos Exus em seus médiuns são contratoras dos músculos e dos movimentos, travando os médiuns, só conseguindo descontrair parcial após alguns goles de marafo. Eles começam a incorporar de forma contraída, taciturna e bravia, mas após alguns goles de marafo e umas baforadas de charuto, descontraem-se, alegram-se e tornam-se amigáveis e falantes, começando a ajudar na solução de nossos problemas e dificuldades.
As Pombagiras vibram tanto que suas médiuns têm dificuldades em mantê-las incorporadas, só após uns goles de champanhe e umas baforadas de cigarrilhas se equilibram e passam horas incorporadas dando consultas. Os marinheiros da umbanda têm dificuldade para se manter parados no lugar e acabam como que lançados para frente e para trás, mas após tomar uns goles de rum e dar umas baforadas, estabilizam a até conseguem permanecer mais ou menos parados nas consultas, pois eles veem do reino aquático marinho, onde o magnetismo irradia em ondas magnéticas semelhantes às do mar, fazendo que em terra percam o equilíbrio. Por isso as incorporações iniciais de Exu, Pombagira e Marinheiros em seus médiuns, necessitam de alguma bebida com teor alcoólico para ter efeito estabilizador e equilibrador, exatamente o inverso do que faz em nós, espíritos encarnados.
Na criação nada se perde e tudo se transforma, e Exu é esse agente transformador que está presente no vazio absoluto, como capacidade transformadora interna e externamente, por que só nele tudo pode estar contido e fora dele nada existe, assim ele também está em nós e rege sobre nosso transformismo e nossa adaptabilidade. Logo, somos indissociados de Exu e dependemos de suas propriedades e qualidades para não deixamos de evoluir.
Na Umbanda temos Exu de Ogum, de Oxóssi, de Oxalá ... todos dependentes da existência desses Orixás para assim poderem se apresentar. Exu, o Orixá dos cultos nagôs, já existia e tinha conceitos que o definiam. Exus com nome simbólicos: Exu 7 porteiras, Tranca Ruas, Sete Encruzilhadas, ... manifestaram-se através da Umbanda. Foi um trabalho lento e muito bem pensado pelos espíritos responsáveis pela implantação terrena da nascente religião de Umbanda.
No mistério Exu, a inovação foi o surgimento das linhagens de Exus de trabalho espirituais muito bem definidas e organizadas. Exus com um mesmo nome e com aparência fluídica iguais, incorporavam neles e diziam ser seus Exus de trabalho. Essa base é o primeiro estado de criação, que é o do vazio absoluto e sua fundamentação está no seu regente divino, que é o Orixá Exu, “sem que houvesse o vazio absoluto, não poderia haver o espaço infinito para abrigar tudo o que seria criado!”.
Como o espaço infinito é o estado do Orixá Oxalá e como por fora dele está o verdadeiro vazio absoluto, que é o estado original de Exu, assim do lado de fora de tudo que existe mas, em compensação, tudo está dentro de Exu e do seu estado de vazio.
“Exu tem morada sem porta e sem janela, rege o vazio; Exu entra saindo e sai entrando, entra em nossa vida por meio de nossos erros, falhas e pecados; Exu mora do lado de fora da casa de Oxalá, “A lenda Nagô fundamenta o assentamento dele no lado de fora dos centros de Umbanda, em uma casinha separada “; Exu é o mensageiro dos Orixás, nos traz as respostas aos nossos pedidos de ajuda enviados aos Orixás; Exu é o Orixá mais velho o primogênito; Exu é o primeiro Orixá a ser oferendado; Exu é o primeiro Orixá a ser saudado e reverenciado; Exu é o primeiro Orixá a ser assentado; Exu é o primeiro Orixá a ser despachado; e Se Exu não for despachado, não é possível baixar qualquer outro Orixá no terreiro, assim sem Exu não se faz nada, isto é certo por duas razões: Sem o estabelecimento do estado vazio os estados dos outros Orixás não se abrem e o primeiro a ser firmado no terreiro.
Os mesmos procedimentos devem ser adotados para Exu Mirim, que rege sobre o nada, com seu fator “nadaficador”, pode reduzir ao nada”, qualquer coisa que exista e para Pombagira rege sobre os interiores, desde o de um ser até o de um estado da criação. Ela é tão importante para o equilíbrio da criação quanto todos os outros Orixás, com seu fator “interiorizador”, pode pôr para fora tudo o que estiver no interior de algo ou de alguém, pelo fator desejo, que desperta no ser que vibra esse algo o desejo de exterioriza-lo, ela faz o ser desejar o que vibra em seu íntimo, o que o induz fortemente a realizar seus desejos. Ela dá suas gargalhadas debochadas nas incorporações para captar coisas interiores nas pessoas, coisas ocultas, mas não para ela, uma vez que ela trabalha no interior de cada coisa que existe, assim sendo por gerar e irradiar “fator abismador”, abre abismos, dentro dos quais recolhe tudo o que “desagrada” os outros Orixás.
Oxalá concedeu a Exu a guarda dos mistérios negativos, é o guardião divino de metade da criação, é o guardião do seu lado negativo. Tudo que desagrada aos Orixás é enviado por eles para o seu domino de criação, ele pode recolher, esvair e diluir o que os desagradou, como pode reter algo ou alguém no lado negativo da criação, por isso e tão importante para a manutenção da paz, harmonia e do equilíbrio na criação, assim todos os Orixás tem seu Exu, com duas cabeças, dupla polaridade, “as potências positivas zelam pelo equilíbrio no lado positivo da criação, e as potências negativas zelam pelo equilíbrio no lado negativo da criação”.
O ser em desiquilíbrio é atraído pelo Exu guardião do lado de fora do domínio e é retido no vazio relativo regido por ele, que começa a atuar sobre o ser em questão “ esvaziando-o das causas do seu desequilíbrio”. E quando é esvaziado do seu “negativismo”, é neutralizado e imantado por Exu. Então temos Exus Guardiões de todos os orixás, que são seres divinos, que assumiram a natureza e a personalidade do Orixá cujos domínios na criação guardam. Os guardiões dos domínios são seres divinos com natureza e personalidade íntima Exu, mas atuam como recolhedores e esvaziadores de tudo e de todos que “desagradam os orixás”, e por isso são denominados Exus Guardiões dos domínios dos Orixás.
Muito Exus que baixam nos médiuns de Umbanda são espíritos exunizados “naturaisque nunca encarnaram porque viviam e evoluíam em domínios isolados dentro dos estados de criação. Outros são espíritos que encarnaram “humanos”, humanizaram-se, desequilibraram-se, foram recolhidos ao vazio relativo do seu domínio de origem e agora voltaram a atuar junto aos espíritos encarnados. Se estamos sendo vítimas, eles nos amparam, ajudam a passar pelas dificuldades, mas se criamos dificuldades para os outros, aí atuam esgotando as causas do nosso negativismo.
O Orixá Exu rege sobre os íntimos, e este é um dos seus campos de atuação em nossa vida, regulando o instinto primitivo e procurando ajudar os seres humanos no equilíbrio entre o instinto e a razão. Os Exus de trabalhos na Umbanda identificam-se e apresentam-se com nome simbólicos associados aos elementos da natureza, bichos, meios, eventos, instrumentos mágicos etc... (Exu da Pedra Preta, Exu Morcego, Exu da Porteira, Exu Poeira, Exu Sete Espadas ...). Os “ Exu “Sete” atuam nas sete irradiações divinas ao mesmo tempo e que são regidos por um mistério sétuplo. O mistério das Passagens, regido pelo Orixá Obaluaiê, que regula as passagens dos espíritos de uma faixa vibratória para outra, de um domínio para outro, assim como de uma dimensão para outra. Como Exú está do lado de fora de criação, quando os Orixás precisavam que ele esvaziasse os seus domínios era um problema, por que ele esvaziava tudo onde entrava para ajudar tomava conta de tudo e de todos ao mesmo tempo.
Oxalá pensou em uma solução que deu origem ao mistério das oferendas feitas na natureza, criou santuários coletivos conhecidos como naturais, todos teriam elemento simbolizador e os santuários individuais, onde cada um teria sua participação, onde os pontos de forças e poderes da natureza (Oxum nos rios, Iansã nas pedreiras, Oxóssi nas matas). Para solucionar esse desequilíbrio, o jeito foi recorrer a Pombagira e seu fator interiorizador, não sem antes aceitar sua exigência, receber algo em troca para permitir que recolhesse tudo em seus interiores. Exu decidiu que os santuários era um mistério em si, ele abriria ao redor deles um vazio relativo para que neles fossem descarregadas todas as coisas desequilibradas.
Há 7 campos vibratórios, associados as 7 irradiações divinas, e os Orixás, ao recolherem dentro do seu santuário coisas de outros Orixás, para que cada um reequilibre a sua parte na coisa ou no ser em desequilíbrio. Assim Exu mirim por gerar o fator avessador, entrou na solução e passou a participar do reequilíbrio das coisas desequilibradas.
Exu passou a ter partes na criação, com isso temos a lei universal que um Orixá só pode atuar em benefício de alguém se for por meio de algo que exista, uma pedra, uma folha, uma vela etc ...
Os Orixás não incorporam realmente no corpo das pessoas, só a parte interior, “projetam-se para fora encobrindo seus espíritos, dando a impressão de que estão”, aos olhos dos clarividentes ... “ Feche os olhos, esvazie a mente e deixe o vazio absoluto estabelecer em seu íntimo como se nada existisse no vazio, mas cheio de possibilidades. Não abra os olhos, não pense, sua mente não parará por si só de pensar, deixe que o silêncio absoluto se instale em seu íntimo e permaneça o maior tempo possível, não pense, seu pensamento é idealizador, não fale o ato de falar gera ruído, forma sons harmônicos, não olhe, não pense e não fale, para não interferir na quietude intima que se encontra no vazio, não imagine e não intencione nada, não deixe ideia alguma brotar no seu íntimo, isole sua audição, vá desligando sua mente dos sons e ruídos chegando a um momento que nada mais o incomodará, isole sua audição, agora nesse estado, anule todas as sensações, e deixe de existir “, pois é impossível alcançarmos esse estado de esvaziamento total do nosso ser.
O estado regido por Exu é importante para Olorum, por que não são poucos os desiquilíbrios profundos que se concretizaram seu íntimo, essa função na criação é pouco conhecida, o que sabem é que espíritos humanos, hoje se dizem Exus e atuam como Exus. Aos olhos dos videntes, todos os Exus são iguais na aparência, o único diferenciador está no fato de alguns serem mais evoluídos que outros. Exu é o último recurso da Lei Maior e da Justiça Divina para resgatar os seres espirituais, o último recurso que separa os seres espirituais do nada total, o “plano do nada” é regido pelo Exu Mirim e é o estado anterior da criação, onde só existia Deus e nada mais. As faculdades mentais regidas por Exu são diferentes das regidas por Oxalá, pois Exu tem a vibração que abre o mental e o íntimo dos seres, só ele é capaz de fazer, por localizar-se nos limites do tudo com o nada, recolhe e recupera seu estado de espírito e sua personalidade. Exu é tripolar, por que além do polo positivo e negativo, há a faixa neutra ou polo neutro, fato esse que originou as 7 faixas vibratórias positivas, 7 negativas, separadas por uma faixa neutra, onde tudo e todos se encontram.  Esta tri polaridade é uma propriedade do Orixá Exu, que distingue-o e o torna presente em tudo que existe, sem Exu não se faria nada, ele se faz presente entre os espíritos naturais e os humanos.
No princípio, quando alguém sentia que havia perdido algo, recorria a Exu, ele resolvia tudo a contento, o poder impressionava e conquistou uma legião de adoradores que o tinham em alta estima, mas alguém deduziu que o polo negativo servia para retirar e o polo positivo para devolver, assim como na magia invertida tudo funciona ao contrário, Exu funcionava a partir de invocações, rezas e orações invertidas e destrutivas, e em pouco tempo era de conhecimento geral que Exu tanto podia ajudar quanto prejudicar. Ao longo do tempo, cristalizou-se que Exu tanto ajuda quando atrapalha, tornou-se um Orixá temido, evitado e odiado por muitos, tudo isso pela inversão e distorção de suas funções na vida dos seres humanos desequilibrados.
Hoje Exu continua sendo um mistério tripolar com funções bem definidas e indispensáveis a manutenção da paz, da harmonia e do equilíbrio na criação, mas aqui no lado material da vida, Exu continuará sendo visto como um Orixá que tanto pode ajudar quanto atrapalhar a vida das pessoas, ... “ Quem me invocar num ato de amor, por mim será amado, mas quem me invocar num ato de ódio, por mim será odiado! ”.
Na criação existem dois campos de polaridades opostas, que ocupam o mesmo lugar na criação. Em pessoas com acentuado desiquilíbrio, o vazio relativo a volta delas, tornam-se obsessivos e fanáticos (vícios, compulsões e fanatismo), a atratividade de espíritos sofredores tem um acentuado enfraquecimento vazio neutro relativo.
Exu por se si uma manifestação do divino criador Olorum, é onipresente, onipotente, onisciente e indispensável ao nosso equilíbrio interior. Cada domínio existente na criação possui um Exu guardião de domínio atuando no seu “lado de fora”, há Exus guardiões do lado de fora de todos os planos e dos domínios regidos pelos Orixás, que os sustentam por dentro. Cada mistério da criação há um Exu guardião assentado no lado de fora dele, sempre pronto para recolher no seu domínio do vazio relativo os seres que entram em desequilíbrio e para receber dentro dele todas as descargas de energias negativas emitidas pelos seres dentro dos domínios, mas que não podem permanecer ali por muito tempo.
Os 7 passos sagrados significam o modo de nos conduzirmos em nossos pensamentos, palavras e ações, tanto em relação a nos quanto em relação aos nossos semelhantes. Cada Orixá tem a sua coreografia ou seus passos na criação, e com o Orixá Exu não é diferente, os movimentos dos guias espirituais, são capazes de ajudar as pessoas necessitadas só com suas danças e seus muitos outros movimentos. Só com os pés (passos), com as mãos, com a respiração (assopros), com os giros horários e anti-horários e anti-horários, etc., eles desencadeiam ações poderosíssimas, reequilibradoras e reordenadoras da vida dos necessitados. Orixá Exu Guardião dos Mistérios da Fé, um poder divino que atua por fora sobre o Mistério da Fé e sobre a religiosidade de todos os seres.
A energia vivia e divina emanada por Olorum é uma só, assim surgem os planos da vida, que ocupam o mesmo espaço infinito, em graus vibratórios, tem ao redor do seu lado de fora, um Exu Guardião.
Todas as realidades de Olorum começam no interior dos seus mistérios, que são meios da vida em seu todo (seres, todas as criaturas e espécies), realidades que fluem de dentro para fora ou de Deus até nós.
O Orixá regente de um espírito sempre o exteriorizará através de suas qualidades, pela qual flui a qualidade que o qualifica será o Orixá da evolução chamado Orixá de frente. Olorum nos gerou e nos exteriorizou através de uma de suas realidades, alguns frutos do seu amor, outros da sua misericórdia, outros da sua generosidade.
Então temos um senhor Exu guardião do lado de fora da realidade aurífera, regente dos mistérios auríferos. A dimensão regida pelo Orixá Exu, fundamenta todos os Exus guardiões planetários, Exus guardiões dos reinos, dos domínios e dos mistérios da Criação do nosso Divino Criador Olorum.
Para que um trabalho transcorra em paz, harmonia e equilíbrio, e para que os guias espirituais possam atuar em benefícios das pessoas e trabalhar os seus problemas, é preciso que a tronqueira esteja firmada, por que assim, ativada, ela é um portal para o vazio relativo regido pelo senhor Exu guardião ligado ao Orixá de frente do médium dirigente do templo. Um só guardião é assentado, e todos os outros só são firmados na tronqueira, assentar Exu e Pombagira juntos é aceitável, por que o campo de ação dele se abre no lado de fora, e o campo dela abre para dentro do templo, criando a polarização com o campo do Exu guardião, assim Exu retira e Pombagira recolhe tudo que estiver desarmonizando.



Afinal, quando vão até uma residência trabalhar para pessoas com graves problemas, por precaução firmar Exu e Pombagira antes de trabalhar, para desenvolver um bom trabalho, deve firma no quintal, riscar um ponto de Exu, colocar um copo de pinga, firmar velas nos seus polos e invocar o Orixá Exu, pedindo que descarregue todas sobrecargas e recolha todas as demandas.

Laroiê Exu ... Laroiê Pombagira ... Laroiê Exu Mirin e Pombagira Mirin ...

Postado por Alexandre Carvalho